Wednesday, February 21, 2007

Achigã: procura-se vivo e a dar à barbatana!

Rais' parta, pá! Então não é que fui ver deles e não os encontrei, caraças!? Mas onde é que eles andam!? É que estamos a meio de Fevereiro e não há maneira desses escamudos aparecerem! Não há direito! Um gajo faz quilómetros e quilómetros, apanha chuva, frio, vento...enfim, sacrifica-se e os bichos, nada!? Não pode ser! A culpa é do governo! E do Ministro da Economia, que não liga às carências deste pescador! Quais salários baixos, qual quê: este país sem achigãs não é atractivo!
Mas pronto: eu conto tudo.
Foi numa manhã fria e tempestuosa (isto faz-me lembrar um cão, mas não sei porquê...) que me dirigi para a albufeira de Montargil (idiota! idiota! idiota!) numa expedição de caça de peixes, mais conhecida como pesca. Chuva desde Lisboa até à barragem e mesmo depois de lá estar, tendo parado para aí às 9:30h. Barragem cheia até aos gasganetes, o que deixou imensa madeira dentro de água (pensei logo: pera qu'isto pode dar-se aqui uma cena macaca). Monta pato, monta cana (Fenwick HMX 6'10" XH, Daiwa Cygnus c/0.30, jig 3/4 oz (azul e preto) e lagostim "Junebug" Original Fish Formula), monta outra cana (Abu Garcia Crossfire 6'6" ML, Browning Syntec c/0.25, Dinger 5" da YUM "Junebug" c/ anzol 3/0 da BPS e Rat-l-trap "Texas red craw" e Rapala Deeprunner "Holographic Shad").
A pesca de pato com uma cana atravessada no avental não é muito prática, tanto mais que uma das canas é grande para chuchú e pesa demasiado, mas é treinar pá, é treinar...
Como o braço que costumo pescar se encontrava totalmente alagado (Foros do Mocho) e não tinha sítio para parar a viatura perto da água, optei por pescar os cantos junto à rampa na zona do paredão. De facto, as condições estavam lá: a água nem estava muito fria, a cor era a normal para Montargil e a barragem regista uma das maiores enchentes que eu vi (e vou para Montargil à mais de 20 anos).
Resultados desta treta: mais valia ter ficado em casa ou ter ido a Salvaterra, que sempre é mais perto. Não vi um peixe, mas tive um toque no jig (toque e foge). Que bom!
Para a próxima é que é!

Monday, February 12, 2007

Já foi à quase um mês!

Já foi à quase um mês a última vez que fui dar banho à minhoca! Estou a começar a ficar com brotoeja, caraças!
Quando falta cerca de um mês para o início do defeso, as condições meteorológicas ainda não atingiram o ideal... pelo menos não quando eu posso ir pescar, o que me está definitivamente a dar cabo da molécula!
Vou apenas referir o exemplo do passado fim-de-semana: sábado - chuva e vento forte; domingo: vento forte e chuva, acompanhado por belíssmos bancos de nevoeiro. Assim não há quem resista, pá! Já chega! E faço aqui já uma promessa: para o próximo é que é!
Num registo mais sério, esta altura do ano é complexa do ponto de vista da pesca aos bichos: aos poucos começam a ficar activos e a procurar repor os níveis de energia esgotados durante o Inverno, preparando-se para uma das épocas mais importantes do ano: a desova. Em todas as albufeiras do país, mas mais no Sul onde as temperaturas são tradicionalmente mais elevadas, os nossos amigos verdes começam a preparar-se para dar continuidade à espécie, prevendo-se boas pescarias nesta fase. Mas cuidado: ainda não estão com aquela voracidade que os caracteriza, sendo extremamente assustadiços até ao início da desova propriamente dita. Assim, pouco barulho, iscos lentos e muita paciência... Agora ide dar banho à minhoca... mas com cuidado...