
O Bicho apresenta uma forma algo diferente da maior parte das outras espécies de peixes predadores, em que a relação comprimento/altura é bastante elevada, indicando que a captura de presas é baseada na velocidade em detrimento da agilidade. Dois bons exemplos serão a Barracuda (género Sphyraena) na água salgada e o Lúcio (Esox lucius) na água doce, duas espécies com o corpo muito alongado que apostam na velocidade como forma primária de captura de presas. O Bicho não é bem assim: a sua forma corporal não lhe permite ser tão rápido como um lúcio na caça mas, por outro lado, confere-lhe uma agilidade elevada, possibilitando um maior sucesso predatório e, simultaneamente, uma maior e melhor defesa contra os seus próprios predadores.
Como foi referido no post anterior, o Bicho come tudo. Começa por se alimentar de zooplâncton nas primeiras fases do seu desenvolvimento, passando posteriormente a alimentar-se também de invertebrados aquáticos maiores (como larvas de mosca ou de libélula) e por aí fora, até à idade adulta em que a sua dieta alimentar se baseia essencialmente em três tipos: insectos, outros peixes e lagostins. É óbvio que, tratando-se de uma espécie de predador tão adaptável do ponto de vista ecológico, surjam pontualmente outro tipo de presas como cobras de água, rãs e até pequenas aves e mamíferos que, por azar, se cruzaram com um achigã esfomeado.
Esta grande variedade de presas que o achigã pode capturar é, na maior parte dos casos, aliada do pescador aumentando a probabilidade de captura.
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