A chegada foi pacífica: no lado esquerdo do paredão, junto à estrada de acesso, já estava um companheiro pescador a arranjar o estojo. Não percebi o que é que estava a arranjar, mas com a ventania de nordeste que estava, não me parece que tenha tido muita sorte. Em função do vento - e como estava de pato - achei que o melhor era ir para o canto da torre, do lado oposto do paredão. Pato cheio, botas calçadas (com dois pares de meias que eu já não vou em cantigas), optei por uma montagem que, em princípio, deveria servir o propósito: correr bastante água e ser pesada o suficiente para conserguir vir junto ao fundo - carolina com 20lbs no Daiwa Cygnus, peso oval de 1/2 oz, 8lbs no estralho, anzol 1/0 offset wide-gap XPS BassPro Shops e um lagarto Zoom watermelon/gold glitter de 6". Fiz o canto todo e a extensão do mesmo até à torre e não consegui ter um toque, pelo que deixei-me de carolinas e troquei tudo por um jig 3/4oz azul/preto Uncle Josh's e um chunk de 2" tequilla sunrise da Lunker City, tendo-me concentrado especialmente nas zonas menos fundas (quase pitching) e nas paredes mais verticais que apresentasem algumas pedras. Resultado: 1 toque MUITO esquisito. Eu explico: foi toque, mas, se calhar, devia ter-lhe dado logo a martelada, mas é o vício das minhocas, o que é que querem...
Após ter feito os três cantos encostados à tomada de água, alternando os lançamentos curtos com lançamentos mais longos para correr água, resolvi amarar, enfardar umas sandochas e, com o vento a desaparecer por completo (tenho quase a certeza que foi a única vez que não apanhei uma ventania monstruosa da parte da tarde naquela barragem), despejei o pato e dirigi-me para a primeira zona: o lado esquerdo do paredão. Como não tinha tido sorte nenhuma, achei por bem (ganda cromo) trocar o material todo, tendo usado um carreto Abu Garcia Ambasadeur EON com 12lbs e uma montagem texas com conta (usei 1/16oz no chumbo) e uma maravilhosa ringworm de 6" tequilla sunrise de uma marca desconhecida (comprei na Caso do Peixe à Porta: as minhocas são boas, a conversa também...às vezes!). O pouco peso da minhoca e "ligeireza" do carreto (aquele carreto dá-me cabo dos nervos!), optei por trocar a minhoca por um Baby Brush Hog (Zoom) black ruby que, sendo mais pesado, se poderia traduzir numa melhor percepção do fundo e das "moitas" de ervas que há espalhadas neste lado. Já me esquecia: fui à ilha e nicles batatoides.
O que me pôs a pensar se não deveria ter ficado sossegado em casa foi o facto de , encostado à margem do lado do paredão e já no caminho para o carro ter tido dois ataquezinhos à geringoça. Terá sido bicho? Terá sido prejuízo? Sinceramente acho que foi a última hipótese. Ou então um bichinho...
E foi assim, ainda deu tempo para ir comprar lenha para a lareira...
Aproveito a oportunidade para lembrar os companheiros interessados que isto é um blog: é suposto haver comentários. Comentem e esperem pelo contra-comentário, contribuindo para a diminuição da produtividade no local de trabalho.
Os próximos posts irão incidir sobre o material indispensável para a pesca do achigã, numa abordagem científica, e abrangendo tópicos como a dimensão da geleira, o tipo de abre-cápsulas e a adubagem "in pato", sendo que para este último tópico será entrevistada uma "lenda viva, nome incontornável da pesca ao achigã"(sic), o Dr. Francisco Morgado Mendes, o Arrastão do Areeiro. Para verem como, de facto, a barragem do Morgavel pode ser altamente produtiva, aqui vai uma amostra.
1 comment:
dasse que o site é lentoooo! Posto este desabafo é só pa dar os parabens ao meu amigo pelos interessantissimos reports e artigos que tem apresentado! é o verdadeiro serviço público e alguem tinha de o fazer, caraças pá!
É verdade, pa ser practicar este tipo de hobbies-desportos é preciso algum sacrificio e uma boa dose de carolice, é um bocado mais custoso (e caro!) do que os desportos mais practicados em portugal, que como toda a gente sabe são o "levantamento da bujeca" e o "arremesso da beta", bem como "o abrir minês a ver a bola", a "maratona no shopping ao domingo" e ainda o tradicional "treinamento de bancada". É preciso ter paixão (o tempo arranja-se! :)) e tá tudo dito. Só quem faz é q sabe o prazer q dá e mai nada, não mexas mais!
1 abraço e bom natal!
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